RAÇA NOBRE

A palavra [ santos ] deixa-nos preocupados. Não esperamos ser chamados assim, e se formos, sentiremos um certo mal-estar. Imaginamos que a santidade tem algo a ver com um desempenho extraordinário. É um titulo para pessoas especiais, não para pessoas comuns; para o mundo celestial, não para o terrestre.

Mas Paulo dirige-se aqui a igreja comum sendo [ chamados para serem santos ]. Ele escrevia a todos os seus membros e os chamava santos. E que tipo de igreja era ela? A igreja em Corinto estava cheia de problemas: rixas, contendas, imoralidade, abuso da Ceia do Senhor, confusão e desordem acerca dos dons do Espírito, e muito mais (capitulo 3 em diante. Entretanto, com todos aquele pecados, Paulo ainda chama os corintos de [santos]. (1 Coríntios 1:2).

Por que? Porque, a despeito de todas as suas falhas, eles foram separados em Cristo. A frase antes da palavra [santos] é esclarecedora: [Santificados em Cristo Jesus]. Aqui esta o nosso direito a santidade. Em Cristo somos limpos e recebemos o credito da sua santidade. A Igreja é uma raça nobre: seus membros são santos – não porque tenham alcançado este titulo por seu desempenho, mas porque o receberam como um dom da graça de Cristo por meio da Fe nele. Este é o caminho da santidade. É nosso dever, como cristãos, viver de maneira santa, apoiados no Espírito Santo.

Pense:
As boas obras não tornam um cristão santo. Só o Espírito nos santifica, e não santifica alguns, santifica a todos.

Em Cristo, Osvaldo Soares.

A IGREJA COMO TESTEMUNHA

O crescimento da Igreja não se deu num vazio, por acaso. Cristo proporcionou o crescimento dela e continua a fazê-lo por meio da comunicação da Palavra de Deus. A Bíblia é seu agente. Isto significa que a Igreja deve falar. Ela deve viver o Evangelho e expor os fatos da salvação do homem pelos poderosos atos de Deus, por meio de Jesus Cristo. Se a Igreja não testemunhar, não haverá crescimento. (Atos 8.4).

As línguas de fogo, as muitas línguas faladas e o inspirado testemunho de Pedro, através de seu sermão no Pentecoste, mostram que a Igreja deve ser uma Igreja que fala.

Mesmo antes do Pentecoste, Jesus havia indicado que o Espirito faria da igreja uma testemunha: [Receberão poder...e serão minhas testemunhas]. Então, mais tarde, pressionados pela perseguição, os participantes da igreja que haviam sido dispersos pregavam a Palavra...Eles agiram prontamente.

Testemunhar não é dever exclusivo dos ministros, presbíteros e diáconos, mas de todos os crentes. Podemos ter todo o tipo de desculpa para evitar de fazê-lo, mas este deve ser o nosso dever - o de expressar, assim, nossa gratidão por termos sido salvos. A medida que desenvolvemos uma experiência mais profunda com Cristo, o testemunho vem naturalmente. A boca fala do que o coração está cheio.

Pense: Testemunhar a fé cristã é mostrar com a vida e com as palavras nossa gratidão por termos sido salvos.

Poder para Testemunhar

Porque precisamos de poder para testemunhar? Porque somos intimados por um mundo hostil e irônico. Achamos que as pessoas zombarão da nossa fé. Hoje é possível que não cheguem a tanto, mas assim mesmo, temos medo da hostilidade. O mundo ergue-se diante de nós como uma sólida muralha de descrença, ao ponto de nos fazer esquecer que temos conosco o Espírito; duvidamos que nosso tímido testemunho seja capaz de abrir uma brecha nas mentes e corações dos incrédulos. (Atos 1:8).

Precisamos também de poder para dar ao nosso testemunho um toque de graça, de espontaneidade e convicção. O testemunho vazio, morno, sem sabedoria, provoca mais prejuízo do que benefício. O apóstolo Paulo nos encoraja a usar a palavra agradável, temperada com sal (Colossenses 4:6). E Jesus nos ensina a ser astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas (Mateus 10:16). Não podemos obrigar as pessoas a entrarem no Reino de Cristo. Nosso testemunho deve ser dosado com graça, amor, alegria, paz e bondade.

Necessitamos de poder também para obediência. Testemunhar é um dever do cristão. De que outra forma as boas novas podem ser comunicadas? Vão e preguem, significa buscar o incrédulo, falar-lhe do Evangelho e testemunhar sobre a transformação que Deus opera nos corações e mentes (Marcos 16:15).

Pense: O testemunho cristão, por mais enfático e entusiasta que seja, sem a ação do Espírito, é som oco de barril vazio.